Mico nosso de cada dia!

Thursday, April 24, 2008

Essa doeu

Marcamos o encontro num shopping da cidade. Eu e duas amigas. Era uma sexta-feira. Horário de almoço. Aquele tipo de dia e horário em que o shopping está simplesmente abarrotado de gente. Gente que teve a mesma idéia estúpida que você: marcar um almoço no shopping.

- de quem foi a idéia mesmo?
- ...
- Vamos em que praça da alimentação?
- bora pra nova... é maior...
- não, vamos pra antiga... é menos barulhenta...

O argumento parecia apropriado. Seguimos para a velha praça. Pra quem quer conversar, quanto menos barulho, melhor. O problema era encontrar mesa. Nenhuma livre. Decidimos fugir dos "selfs" da vida e entramos em um restaurante. Muuuuuito mais tranquilo, mesa disponível, uma maravilha... Quase tive vontade de lembrar a todas que a brilhante idéia de almoçar no shopping tinha sido minha. Preferi não arriscar.

Escolhemos uma mesa bem no centro do restaurante. De onde podíamos ver tudo e todos. E foi lá que o avistei. Hugo!! Não acreditei. Abri um sorriso enorme e antes mesmo de sentar, já segui em direção à mesa daquele amigo que eu não via há meses, talvez anos.

A anisedade era tanta que acho que atravessei aquele salão de mesas com uma delicadeza de uma manada. Desconfio, embora não lembre - e negue até hoje, que esbarrei em várias pessoas sentadas às mesas.

Hugo estava acompanhado de uns 6 amigos. Novos, eu acho, pois não conseguia reconhecer nenhum. E ao me aproximar da mesa, quase todos já foram virando e olhando em minha direção. Menos Hugo... que cara leso, viu? Enconstei ao seu lado e com toda força que eu podia ter, larguei uma tapa no braço dele (sabe-se lá porque!!)... e de forma um tanto quanto espalhafatosa, falei (ou teria gritado?)

- Dizzzzzzzzzzzzzzzz Hugo (fui clara aqui no exagero do "diz"????)

A tapa chegou a fazer barulho... dessas que estalam...

Hugo, então, se vira pra mim... atônito... e no mesmo tom de voz efusivo, emendo...

- Nãoooooooooo, não diz... Não diz nada pelo amor de Deus...

Não era Hugo... aliás, olhando mais de perto nem parecia com Hugo... Acho que nem consegui esboçar um "desculpa, por favor"... só lembrava da tapa... do som que ela fez... e da sensação de gelar ao perceber o engano...

Não é preciso nem dizer a reação de "alegria" que causei no restaurante, né? Acho que os únicos que não conseguiam rir éramos eu e Hugo... Ele, pela dor da tapa... e eu, pelo vexame.

Dias depois, encontrei Hugo. O verdadeiro.

1 Já zoaram:

  • Muito bom!

    Lembrei-me que já fiz algo do tipo. O dia que me der coragem tentarei escrever um post tão gostoso quanto o seu. ;)

    By Blogger Pitty que Pariu, at 4:27 PM  

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